O Deus Baco ou Dionísios ou simplesmente os deuses do vinho ou do binho à nossa maneira, ou ainda mais simplesmente o apenas binho (sem deuses à mistura) sempre foram fonte inspiradora de poetas e artistas. Quando o binho é bom e a rua é estreita (betesga) para amparar quem o bebe inspira qualquer um. Pelos vistos o Sr. Artur Rogério Freire, inspirado pelas coisas do binho (ou sabe-se lá porquê) chamou à sua Taberna, a Taberna do Olho do Cú, cujo acesso era feito pela betesga.
A Taberna Olho do Cú já não existe. A betesga ainda existe e curiosamente herdou o nome da taberna, pois chama-se simplesmente Betesga do Olho do cú, digo eu.
Eis a foto da curiosa e dita betesga
E já agora o topónimo da betesga, conforme consta na Toponímia Flaviense de autoria de Firmino Aires, publicada em livro pela CMC em 1990
BETESGA DO OLHO
- Zona: Centro
- Limites: Começa na Rua Coronel Bento Roma e acaba na Rua Cândido dos Reis ou Rua do Olival/Rua das Amoreiras.
Existia ali uma taberna conhecida pela Taberna do Olho do Cú, que costumava ter sempre vinho apreciado pelos bebedores.
Deu-se o citado nome como lembrança para os vindouros daquela patusca taberna, lá existente. Era propriedade de Artur Rogério Freire, onde vendia o bom vinho da sua quinta do Pedrete, em Casas dos Montes.