Hoje o Beto, publicava no seu blog uma foto antiga de um trecho da Rua Direita. Precisamente a casa onde Nasceu o Coronel Bento Roma. Nome muito conhecido em Chaves, que dá nome a uma das principais ruas da cidade.
Pois aqui fica a gravura da casa e um pouco de história.
CORONEL BENTO ROMA
Bento Esteves Roma nasceu em Chaves em 2 de Janeiro de 1884. Era filho de António Gonçalves Roma, estabelecido na Rua Direita, e de sua esposa Josefina Augusto Esteves, que pertencia a uma família de Vilar de Perdizes.
Até aos onze anos viveu com seus pais, que perdeu pouco depois, deixando de frequentar o colégio de S. Joaquim, do p.e Joaquim Marcelino da Fontoura, e transferiu-se para Amarante com um tio materno, o erudito p.e Augusto Cândido Esteves, que era lá professor do Liceu, onde fez o terceiro ano.
Falecido o seu tio, completou os estudos secundários em Guimarães e Lamego, ingressando em 1903 na Universidade de Coimbra.
Frequentou a Escola do Exército de 1906 a 1908, indo como aspirante para Mafra, sendo promovido a alferes, em 1909 e colocado em Chaves, no R.I. 19.
Era o oficial mais novo da Universidade, em Outubro de 1910, à data da implantação da República, cabendo-lhe a honra de içar pela primeira vez a bandeira do novo regime. Serviu como tenente em Angola de 12-1-1912 a 27-12-1913, comandando vários postos. Voltou a Angola em 1915, procedendo à ocupação de Cuanhama sob comando do Gen. Pereira de Eça, de quem teve um meritório louvor. Em Dezembro de 1916, como capitão, acompanhou para a França a missão da arma de infantaria que foi aperfeiçoar-se junto dos nossos aliados ingleses. Quando teve de bater-se nas primeiras linhas, fê-lo com galhardia, animando os seus camaradas, surpreendendo o inimigo em impensado atrevimento. Em 9-4-1918, em sangrento combate de La Lys, foi prisioneiro dos alemães, sendo no entanto relembrado pela sua valentia. Seguiu-se o cativeiro até o final da vitória dos aliados. Foi promovido a major por distinção. Foi condecorado com várias condecorações, entre elas as três Cruzes de Guerra, a Torre e Espada e Legião de Honra. Volta a Angola em 1920, sendo governador em várias províncias. Em 1930 foi governador de Angola. Faleceu em 23-12-1953 com o posto de Coronel. (Carneiro, Francisco Gonçalves - Temas Flavienses).
Nota: Para quem já viu (hoje) o blog e a imagem publicada com outro texto, é natural, pois o texto foi alterado. Errei e peço desculpas pelo facto, na realidade a casa em causa, é a casa onde nasceu o Coronel Bento Roma e não o Dr. António Granjo, como eu referia no post erradamente publicado. As minhas desculpas e um agradecimento ao Beto (sempre atento às coisas de Chaves) que deu conta do erro.